A truculência da Polícia Militar de Brasília contra manifestantes que pediam a renúncia do governador do Distrito Federal, José Roberto Arruda, fez ontem o senador Pedro Simon (PMDB-RS), em discurso no Senado, comparar o ataque da cavalaria contra um estudante que estava de joelhos, à repressão do governo chinês contra ato pela democracia na Praça Celestial, em Pequim, em 1989.
Mostrando fotografias dos dois episódios – a de Pequim mostra um cidadão solitário diante de uma coluna de tanques e a de Brasília com o avanço da cavalaria - , Simon disse que “essa foto está correndo o mundo e vai marcar a história da capital do Brasil e da humanidade; com essa brutalidade, o comandante da PM mostrou total despreparo para a função e tem que ser demitido”.
Impunidade – O senador optou por debitar a conta da impunidade ao governo federal. “A origem dessa situação em que vivemos hoje no país, de corrupção generalizada e total impunidade, está no mensalão, que começou na Casa Civil”.
Simon defendeu as manifestações públicas contra a corrupção e destacou que mesmo o projeto de lei de iniciativa popular proibindo candidatos com “ficha suja”, que recolheu mais de um milhão e 300 mil assinaturas, “está na gaveta da Câmara dos Deputados e não é colocado em votação”. Na sua opinião, o pacote do presidente Lula transformando a corrupção em crime hediondo também será inócuo se continuar a impunidade. “Até hoje, o Supremo Tribunal Federal nunca condenou uma autoridade”, lamentou.
Fonte: http://www.jornalagora.com.br/site/index.php?noticia=74888&caderno=23
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