sexta-feira, 10 de julho de 2009

Leia a redação final do PL 5498/09, sobre a reforma eleitoral

O documento está disponível em:

http://docs.google.com/View?id=dgx3c728_108hm4hqgwx

Veja entrevista na GloboNews: projeto de lei pode tornar a corrupção um crime hediondo

O link foi enviado pelo advogado Luciano Santos, que participou da entrevista (em 8/07/09):


Folhas com assinaturas em apoio à Campanha Ficha Limpa lotam centenas de caixas




As imagens registram o porão da OAB de Brasília. A contagem geral de assinaturas (já foram contabilizadas mais de 900 mil) e guarda dos formulários estão a cargo da Secretaria Executiva do MCCE.
Crédito: Chico Whitaker

Comitê 9840 Estadual visita presidente do Colégio de Corregedores da Justiça Eleitoral, em apoio à 'Carta de Belo Horizonte'

No dia 7 de julho, um grupo representando o Comitê 9840 Estadual - São Paulo reuniu-se com o o presidente do Colégio de Corregedores da Justiça Eleitoral e vice-presidente do TRE de São Paulo, Desembargador Walter de Almeida Guilherme, para cumprimentá-lo pela Carta de Belo Horizonte, elaborada em nome dos corregedores eleitorais presentes durante o XXIV Encontro do Colégio de Corregedores da Justiça Eleitoral. A Carta defende publicamente projetos de lei que exigem idoneidade moral e reputação ilibada como condição para elegibilidade, como o PL do senador Pedro Simon.

Leia a Carta de Belo Horizonte:

http://agencia.tse.gov.br/sadAdmAgencia/noticiaSearch.do?acao=get&id=1197459#arquivos

LOGO 'RUMO A UM MILHÃO'


A Secretaria Executiva do MCCE orienta que os Comitês 9840 e demais apoiadores da Campanha Ficha Limpa utilizem este logo até que cheguemos a um milhão de assinaturas coletadas. Adotem e divulguem!

NOTA PÚBLICA: Reforma eleitoral beneficia candidatos que praticaram atos ilícitos

O Projeto de Lei 5498/09, que trata da reforma eleitoral, recebeu 136 ementas, mas apenas pouco mais de 30 foram incluídas no projeto, demonstrando além de pressa para a votação, a falta de debates aprofundados sobre o PL. Aliado a isso, a mídia perdeu a chance de lançar luz sobre pontos cruciais da reforma eleitoral, aperfeiçoando o processo de escolha de representantes, em vez de criar embates e retrocessos.

Antes do projeto ser levado à votação, o Movimento de Combate à Corrupção Eleitoral (MCCE) apresentou ao seu relator sugestões sobre os aspectos considerados problemáticos do PL, na avaliação do movimento. No entanto, o esforço foi derrotado pelas articulações políticas que tentam minar a escolha de candidatos idôneos para a política do país.

Duas emendas apresentadas pelo MCCE tentaram reaver pontos preocupantes do PL e considerados um retrocesso às regras eleitorais do país. O primeiro deles é o art. 3º, segundo o qual a certidão de quitação eleitoral, necessária no ato da candidatura, mencionará exclusivamente a apresentação de contas de campanha eleitoral. Ou seja, de acordo com o artigo, estas mesmas contas não precisam ser aprovadas, apenas apresentadas pelo proponente a candidato para que o candidato obtenha a quitação eleitoral.

De acordo com o membro do MCCE e juiz eleitoral, Márlon Reis, com essa redação, o texto autoriza que o candidato obtenha a quitação eleitoral ainda que as contas tenham sido rejeitadas por qualquer motivo. “Essa medida torna possível a candidatura de pessoas que comprovadamente fraudaram contas apresentadas à Justiça Eleitoral”, justificou.

O segundo ponto polêmico torna possível que mesmo candidatos inelegíveis participem do processo eleitoral. Hoje funciona assim: o candidato tem uma data limite para fazer seu registro de candidatura, provando que preenche todos os requisitos. Com a mudança aprovada pela Câmara, essa data limite deixa de existir e o candidato tem todo o período de campanha para tentar reverter a sua situação. É o que acontece com candidatos que têm suas contas rejeitadas, por exemplo. Para poder tirar o registro de candidatura, eles precisam apresentar uma liminar da Justiça, até o último dia de registro, que permita sua candidatura. De acordo com o PL aprovado, agora ele pode pedir o registro da sua candidatura e fazer campanha normalmente, mesmo tendo sido legalmente declarado inelegível, enquanto luta para obter alguma medida liminar.

Por meio desta, o MCCE denuncia a falta de transparência na condução do PL, assim como o descaso de muitos parlamentares em relação a conquistas da sociedade no que se refere ao sistema eleitoral brasileiro.


Reforma Eleitoral: observações sobre o projeto de lei

Veja quais pontos são considerados retrocessos, segundo o MCCE. As propostas não foram acatadas pelos deputados:

Art. 3º, §7 - Parte deste artigo disporá que a certidão de quitação eleitoral mencionará exclusivamente, dentre outros temas, a apresentação de contas da campanha eleitoral. O texto diz:

“A certidão de quitação eleitoral abrangerá exclusivamente a plenitude do gozo dos direitos políticos, o regular exercício do voto, o atendimento a convocações da Justiça Eleitoral para auxiliar os trabalhos relativos ao pleito, a inexistência de multas aplicadas, em caráter definitivo, pela Justiça Eleitoral e não remetidas, e a apresentação de contas de campanha eleitoral.”

A sugestão do MCCE foi a seguinte:

Alterar a redação, na parte final, para “... e a apresentação e aprovação das contas de campanha eleitoral”.

§10 – “As condições de elegibilidade e as causas de inelegibilidade devem ser aferidas no momento da formalização do pedido de registro da candidatura, ressalvadas as alterações, fáticas ou jurídicas, supervenientes ao registro que afastem a inelegibilidade.”

A sugestão era que o texto passe a desconsiderar a parte: “ressalvadas as alterações, fáticas ou jurídicas, supervenientes ao registro que afastem a inelegibilidade.”

Informações: Edma Cristina de Góis
Assessoria de Comunicação – Comitê Nacional MCCE
(61)2193-9658 / 8443.6690 - comunicacaomcce@gmail.com