sábado, 27 de fevereiro de 2010

Da Agência Câmara - Líderes divergem sobre prioridade de projetos neste semestre

25/02/2010 20:43

Após a conclusão da votação dos projetos sobre o pré-sal, prevista para 10 de março, a pauta do Plenário ficará liberada para inclusão de outras propostas.

O líder do governo na Câmara, Cândido Vaccarezza (PT-SP), disse que a prioridade é aprovar 13 medidas provisórias e outras matérias de interesse da população. Como exemplo, ele citou a universidade Brasil-África, "que é muito importante para as relações do Brasil no hemisfério sul"; e a regulamentação das agências reguladoras. "Tem projetos de banda-larga que são interessantes para o País; e outros que estão tramitando na Casa, que vamos levar para o presidente Michel Temer para serem votados."

O líder Vaccarezza confirmou nesta quinta-feira que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva vai vetar a emenda ao projeto do fundo social do pré-sal, aprovada ontem, que incluiu a previdência entre as áreas beneficiadas.

A emenda ao Projeto de Lei 5940/09 determina que 5% dos recursos do fundo social que serão destinados ao combate à pobreza sejam alocados em um fundo específico que seria gerido pelo Ministério da Previdência com a finalidade de “recompor a diferença entre o que foi recolhido em salários mínimos e o efetivamente pago pela Previdência Social a seus segurados”.

Ficha Limpa


Segundo o vice-líder do DEM deputado Índio da Costa (RJ), o foco do partido nas próximas semanas será a aprovação dos projetos que tratam da Ficha Limpa (PLP 518/09).

Relator do grupo de trabalho criado para analisar as propostas, Índio da Costa vai entregar o parecer até 17 de março para inclusão na pauta. O parlamentar quer a entrada em vigor da ampliação das restrições para as candidaturas já nas eleições de outubro. "Nosso objetivo é fazer com que as pessoas que se candidatem queiram fazer política para melhorar o País, e não sejam pessoas que estão condenadas e que vão, sob o manto de proteção do foro especial, se proteger daquilo que fizeram no passado. Nosso interesse é que o Parlamento melhore."

Para o líder Cândido Vaccarezza, o Ficha Limpa ainda precisa sofrer alterações. Ele defende a inelegibilidade para o candidato somente após decisão judicial definitiva. O texto em análise no grupo de trabalho impede a candidatura daqueles condenados em primeira instância.

PEC dos Cartórios e jornada


Tanto os deputados do DEM como os da base governista serão liberados para votar conforme suas convicções em relação à polêmica PEC dos Cartórios, que está pronta para ser votada em plenário desde 2007 e já entrou e saiu da pauta seis vezes. Se aprovada, a PEC vai assegurar cargo vitalício, sem concurso público, para quem exerceu funções de tabelião e notário entre 1988 e 1994.

Segundo Vaccarezza, o governo também não quer entrar na discussão sobre a redução da carga horária de trabalho semanal de 44 horas para 40 horas. A intenção é construir um acordo sobre o tema. Já o vice-lider do DEM não acredita que a matéria seja votada até outubro próximo, mês das eleições.

Continua:

Íntegra da proposta:

Reportagem - Idhelene Macedo/ Rádio Câmara
Edição - Regina Céli Assumpção

Fonte: http://www2.camara.gov.br/agencia/noticias/ADMINISTRACAO-PUBLICA/145395-LIDERES-DIVERGEM-SOBRE-PRIORIDADE-DE-PROJETOS-NESTE-SEMESTRE.html
__

Da Agência Câmara - Ficha Limpa: inelegibilidade poderá depender de julgamento colegiado

24/02/2010 19:32

Saulo Cruz
Miguel Martini (D): audiência pública enfraqueceu a tese da primeira instância para deixar político inelegível.


O presidente do grupo de trabalho que analisa o projeto Ficha Limpa (PLP 518/09), deputado Miguel Martini (PHS-MG), afirmou nesta quarta-feira que a discussão sobre a matéria se aproxima do consenso em pelo menos um ponto: o cidadão se tornaria inelegível após ser condenado por crimes graves em órgão colegiado e não mais em primeira instância, como prevê o texto atual.

A ideia vem sendo defendida por parlamentares e por integrantes do Movimento de Combate à Corrupção Eleitoral (MCCE), que reúne 43 entidades e organizou a coleta de 1,3 milhão de assinaturas do projeto de iniciativa popular. “A partir da audiência pública realizada na terça-feira (23), algumas convicções se materializaram. A questão da primeira instância praticamente caiu”, disse Martini.

Outra proposta apresentada no debate que deverá ser incluída no projeto, segundo o deputado, é a de criar exceção para os crimes hediondosA Lei 8072/90 define como hediondos os crimes de latrocínio, extorsão qualificada por morte, extorsão mediante seqüestro, estupro, atentado violento ao pudor, disseminação de epidemia que provoque morte, envenenamento de água potável ou de substância alimentícia ou medicinal causando morte e genocídio. A pena para o crime hediondo deve ser cumprida integralmente em regime fechado. Além disso, esse crime é insuscetível de anistia, graça, indulto e fiança. . Nesse caso, a condenação em primeira instância seria suficiente para declarar a inelegibilidade. “Vamos definir quais crimes estarão na exceção”, disse.

Órgãos colegiados são aqueles em que as decisões são tomadas em grupo, como é o caso dos tribunais de Justiça. “É mais viável não só do ponto de vista político, para facilitar a aprovação do projeto, mas juridicamente também tem mais sentido. Não se pode colocar a decisão nas mãos de um único juiz de primeira instância”, reforça o relator do grupo, Indio da Costa (DEM-RJ).

Cronograma


Em reunião nesta quarta-feira, o grupo definiu a sua metodologia de trabalho. O relator receberá sugestões de emendas dos parlamentares até a próxima reunião, marcada para a quarta-feira (3). No encontro, ele apresentará uma proposta preliminar, que será colocada em discussão.

A votação do texto final do relator está prevista para o dia 10 de março, quando a proposta deverá ser entregue ao presidente da Câmara, Michel Temer. A meta é a de que o projeto seja votado em Plenário ainda em março.

O relator ressaltou que os trabalhos serão focados no aperfeiçoamento do PLP 518/09. As demais propostas que tratam das regras de inelegibilidade em tramitação na Câmara não serão analisadas pelo grupo. “Mas vou receber sugestões de todos os deputados, inclusive dos autores de outros projetos semelhantes”, disse Costa.

Audiência pública


Ainda na reunião desta quarta-feira, o grupo de trabalho decidiu convidar os presidentes do Supremo Tribunal Federal (STF), Gilmar Mendes, e do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Carlos Ayres Brito, além do procurador-geral da República, Roberto Gurgel, para audiência pública na próxima terça-feira (2).

Segundo o autor do requerimento aprovado, deputado Gerson Peres (PP-PA), o objetivo é discutir a constitucionalidade e a legalidade da proposta.

Outro requerimento, apresentado pelo relator, previa a realização de audiências públicas em Minas Gerais, São Paulo e Rio de Janeiro. O pedido, porém, foi retirado de pauta pelo próprio autor, após deputados manifestarem preocupação com o prazo de entrega da proposta final.

Íntegra da proposta:

Declaração da Arquidiocese de Belo Horizonte sobre o Projeto Ficha Limpa

22 de fevereiro de 2010

A Arquidiocese de Belo Horizonte convoca os cristãos de boa vontade para o acompanhamento da tramitação do Projeto Ficha Limpa no Congresso Nacional, subscrevendo nota conjunta da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) e do Movimento de Combate à Corrupção Eleitoral (MCCE) – rede que congrega 43 organizações da sociedade civil responsáveis pela realização da Campanha Ficha Limpa – e tendo em vista os debates em curso na Câmara dos Deputados acerca do Projeto de Lei de Iniciativa Popular (PLP) 518/2009 sobre a vida pregressa dos candidatos.

É de suma importância que a sociedade continue atenta, conferindo o mesmo e intenso apoio que vem dando à Campanha Ficha Limpa – expresso na coleta de mais de 1,5 milhão de assinaturas que viabilizaram a introdução do projeto – para que se acelere a tramitação do PLP 518/2009 no Congresso Nacional.

A participação efetiva dos cristãos com ações concretas é decisiva para que não ocorram novos adiamentos na discussão e na aprovação dessa matéria, pautada na defesa da ética na política e na salvaguarda dos interesses públicos.

Muitas são as ações concretas possíveis e urgentes ao nosso alcance:

1) Cada cidadão procure o deputado federal ou senador em quem votou e solicitar o apoio do parlamentar ao Projeto de Lei. Da mesma forma, pode enviar aos parlamentares e outras pessoas mensagens eletrônicas, cartas e abaixo-assinados para sublinhar e fortalecer a urgência da aprovação dessa matéria.

2) As comunidades e grupos eclesiais organizem eventos (debates, reuniões) para articular a adesão do maior número possível de cristãos empenhados nessa ação de mobilização social e política pela tramitação e aprovação do referido projeto.

A Arquidiocese de Belo Horizonte disponibiliza os trabalhos do Vicariato Episcopal para a Ação Social e Política e do Núcleo de Estudos Sociopolíticos da PUC Minas (Nesp) para eventual assessoria a comunidades, movimentos e organizações sociais interessados na mobilização pela aprovação do Projeto.

Neste momento decisivo para que o Projeto de Lei de Iniciativa Popular 518/2009 seja aprovado e traga mudanças importantes para o cenário eleitoral e político do país, é fundamental que a sociedade civil se empenhe para que o tema não saia da pauta de discussão do Congresso e se converta em legislação o mais rapidamente possível.

Dom Walmor Oliveira de Azevedo
Arcebispo Metropolitano de Belo Horizonte
__

Da Rádio Vaticano - Campanha Ficha Limpa requer sociedade vigilante

Belo Horizonte, 23 fev (RV) - O Arcebispo de Belo Horizonte, Dom Walmor Oliveira de Azevedo, divulgou ontem uma declaração sobre o Projeto Ficha Limpa.

No comunicado, a Arquidiocese de Belo Horizonte convoca os cristãos para o acompanhamento da tramitação do Projeto Ficha Limpa no Congresso Nacional, subscrevendo a nota conjunta da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) e do Movimento de Combate à Corrupção Eleitoral (MCCE). O Projeto de Lei de Iniciativa Popular (PLP) 518/2009 diz respeito à vida pregressa dos candidatos.

"É de suma importância que a sociedade continue atenta, conferindo o mesmo e intenso apoio que vem dando à Campanha Ficha Limpa – expresso na coleta de mais de 1,5 milhão de assinaturas que viabilizaram a introdução do projeto – para que se acelere a tramitação do Projeto de Lei no Congresso Nacional" – escreve Dom Walmor.

O arcebispo acrescenta que a participação efetiva dos cristãos com ações concretas é decisiva para que não ocorram novos adiamentos na discussão e na aprovação dessa matéria, e deu sugestões para ações concretas: por exemplo, cada cidadão pode procurar o deputado federal ou senador em quem votou e solicitar o apoio do parlamentar ao Projeto de Lei. Da mesma forma, pode enviar aos parlamentares e outras pessoas mensagens eletrônicas, cartas e abaixo-assinados para sublinhar e fortalecer a urgência da aprovação dessa matéria.

Já as comunidades e grupos eclesiais podem organizar eventos para articular a adesão do maior número possível de cristãos empenhados nessa ação de mobilização social e política pela tramitação e aprovação do projeto. Nesse sentido, a Arquidiocese de Belo Horizonte disponibiliza os trabalhos do Vicariato Episcopal para a Ação Social e Política para eventual assessoria a comunidades.

"Neste momento decisivo para que o Projeto de Lei de Iniciativa Popular 518/2009 seja aprovado e traga mudanças importantes para o cenário eleitoral e político do país, é fundamental que a sociedade civil se empenhe para que o tema não saia da pauta de discussão do Congresso e se converta em legislação o mais rapidamente possível" – conclui o arcebispo de Belo Horizonte. (BF)

Fonte: http://www.oecumene.radiovaticana.org/bra/Articolo.asp?c=359166
__

quinta-feira, 25 de fevereiro de 2010

Grupo de Trabalho da Câmara prepara texto para Plenário

qui, 25/02/2010 - 09:37 — MCCE

O Grupo de Trabalho (GT) montado na Câmara dos Deputados para encaminhar a proposta do PLP 518/09, projeto da Ficha Limpa, ao Plenário retomou seus trabalhos após a repercussão positiva da audiência pública de terça-feira, 23, quando os deputados federais ouviram o MCCE sobre o projeto. Os parlamentares acreditam que as informações repassadas pelo Movimento na audiência devem contribuir para o bom encaminhamento da proposta na Casa.

Após uma tarde de discussões sobre o projeto de lei da Ficha Limpa (PLP 518/09) durante audiência pública, os deputados que integram o GT da Ficha Limpa da Câmara deram continuidade às estratégias para preparar um texto substitutivo a ser apresentado ao presidente da Casa, Michel Temer, até o dia 17/03. A partir das contribuições que o MCCE passou aos parlamentares na audiência, serão recebidas agora sugestões dos deputados do GT para o texto final, que segundo consenso do grupo, terá como eixo principal a proposta do PLP 518/09.

O prazo para que o relator do texto, deputado Índio da Costa, receba as sugestões será até o dia 03/03, na próxima reunião do grupo. Depois disso, o deputado terá mais uma semana para apresentar um texto final. Por proposta do deputado Chico Alencar, aceita pelo GT, esse texto será ainda apresentado para as entidades do MCCE, que poderão fazer suas considerações antes do texto ser entregue ao presidente da Câmara.

Para o membro do MCCE e da Comissão Brasileira Justiça e Paz (CBJP/CNBB), Francisco Whitaker, os trabalhos dessa tarde foram bem proveitosos. “Ontem (na audiência), foi um passo decisivo que nos mostrou que é possível apresentarmos um projeto que seja aceito pela maioria do Congresso e que não desfigure nosso projeto inicial. A reunião de hoje confirmou isso”, ressaltou Whitaker.

Mas apesar dos bons resultados da última semana na Câmara, o membro do MCCE lembra a toda a sociedade e principalmente aos militantes do MCCE, que chegou a hora de se realizar atos públicos e mobilizações que reforcem o apoio ao projeto pelo país. Inclusive alguns deputados do GT se mostraram favoráveis a participar de eventos para discussão e apoio à proposta quando convidados. “Toda essa tramitação se dará num espaço de tempo muito curto e as mobilizações precisam se intensificar nesse momento”, diz Whitaker. Em São Paulo, no dia 8 de março, será realizado um ato público Sala dos Estudantes da Faculdade de Direito da USP, das 11h às 13h.

O Grupo de Trabalho agendou uma audiência pública com os presidentes do STF, Gilmar Mendes, do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Carlos Ayres Britto, e com o Procurador Geral da República, Roberto Monteiro Gurgel Santos, para próxima terça-feira, dia 02/03, a ser confirmada pela agenda dos convidados. A audiência é aberta à sociedade a partir das 14h na Câmara dos Deputados.

Fonte: SE-MCCE e Campanha Ficha Limpa SP
__

2a Audiência Pública do GT da Ficha Limpa

"Hora decisiva. Participe!"

O que é: Protesto

Data de início: terça, 2 de março às 14:00

Término: terça, 2 de março às 17:00

Local: Plenário 2 da Câmara dos Deputados

Para ver mais detalhes e confirmar presença, clique no link abaixo:
http://www.facebook.com/n/?event.php&eid=328172988330&mid=1efca1cG5af31615d7ffG62c013G7

Enviado por Márlon Reis, do Maranhão
__

ATO EM SÃO PAULO DIA 8 DE MARÇO - ESTÁ CHEGANDO A HORA DECISIVA!

Evento: Ato Público em favor da Ficha Limpa dos candidatos

"Está chegando a hora decisiva!"


O que é: Protesto

Data: segunda-feira, 8 de março às 11:00

Local: Faculdade de Direito da USP

Para ver mais detalhes e confirmar presença, clique no link abaixo:
http://www.facebook.com/n/?event.php&eid=325243207307&mid=1efcd73G5af31615d7ffG62c197G7

Enviado por Márlon Reis, do Maranhão

__

Discussão sobre Ficha Limpa avança na Câmara dos Deputados

qua, 24/02/2010 - 09:56 — MCCE

Nesta terça-feira (23/02) o Movimento de Combate à Corrupção Eleitoral (MCCE) foi ouvido durante a audiência pública sobre o PLP 518/09, da Ficha Limpa, na Câmara dos Deputados. Este foi um passo importante para o avanço da discussão sobre o projeto de lei que trata sobre a vida pregressa dos candidatos, entregue na casa em 29 de setembro do ano passado.

O grupo de trabalho parlamentar, criado pelo presidente da casa, Michel Temer, para elaborar um substitutivo ao PLP, tem até o dia 17 de março para finalizar sua proposta. A audiência pública foi sugerida com o objetivo de esclarecer dúvidas e saber a opinião dos propositores da iniciativa, o MCCE.

Apesar da coleta de assinaturas oficial ter sido finalizada no ano passado, num total de 1,5 milhão de adesões, mais 77 mil foram entreguem ontem ao coordenador do grupo de trabalho da Câmara sobre o tema, deputado Miguel Martini. Na avaliação do representante da Comissão Brasileira Justiça e Paz (CBJP) e membro do Comitê 9840 de São Paulo, Francisco Whitaker, o PLP dá continuidade a conquistas de mais de 20 anos de luta dos movimentos sociais. “Estamos exigindo a aperfeiçoamento da democracia”, definiu. Além dele, estavam na mesa de debates, o jurista Marcelo Lavenerè, a diretora do MCCE, Jovita José Rosa, o presidente da Abramppe, Márlon Reis, o presidente da Associação dos Magistrados Brasileiros (AMB), Mozart Valadares, o secretário-geral da CNBB, Dom Dimas Lara, e o presidente da OAB, Ophir Cavalcante.

O líder do DEM na Câmara, deputado Paulo Bornhausen, declarou apoio ao projeto, além de defender a aprovação da lei ainda em 2010. O relator do substitutivo, Índio da Costa, também se mostrou favorável a uma rápida tramitação do PLP. “Do que depender de mim e desse grupo de trabalho, o projeto irá para votação ainda em março”, afirmou.

O grupo de trabalho sobre a Ficha Limpa deverá se reunir hoje às 14h30, para, entre outros temas, definir a realização ou não de audiências públicas sobre o PLP nos Estados. Uma parte do grupo acredita que a discussão com a sociedade, em algumas regiões do país, pode esquentar o debate e dar segurança o voto dos parlamentares quando o PLP chegar no plenário.

Fonte: Assessoria de Comunicação - SE MCCE

__

terça-feira, 23 de fevereiro de 2010

Da Folha Online - OAB defende proibição de candidato condenado em segunda instância

22/02/2010 . 17h42

colaboração para a Folha Online

O presidente OAB (Ordem dos Advogados do Brasil), Ophir Cavalcante, afirmou nesta segunda-feira que apoia o projeto de lei que impede os candidatos com "ficha suja" na Justiça. No entanto, para ele, só devem ser impedidos os candidatos que foram condenados na segunda instância por um colegiado de juízes.

Pela atual legislação, a candidatura só é proibida para os políticos que foram condenados em última instância, sem possibilidade de recurso. "É preciso que aquele que busca a eleição para um cargo público tenha reputação ilibada e idoneidade moral para postular o mandato", afirmou o presidente da OAB.

O projeto de iniciativa popular recebeu mais de 1,5 milhão de assinaturas e tramita no Congresso desde outubro de 2009. O texto prevê que condenados em primeira ou única instância por crimes graves não possam disputar eleições.

Apelidado de "ficha limpa", o projeto está sob análise de um grupo de trabalho na Câmara. A expectativa é que até o dia 17 de março esse grupo apresente uma nova proposta negociada entre as entidades que pressionam por sua aprovação e os parlamentares.

A proposta ganhou força depois do surgimento, em novembro passado, do escândalo envolvendo o governador afastado do Distrito Federal, José Roberto Arruda (sem partido), que está preso na Polícia Federal.

Fonte: http://www1.folha.uol.com.br/folha/brasil/ult96u697326.shtml
__

Da Agência Câmara - Deputados vão discutir o Ficha Limpa com movimento anticorrupção

22/02/2010 08:40

O grupo de trabalho criado para definir um texto de consenso para os projetos de lei que tratam da Ficha Limpa (PLP 518/09 e outros) realiza audiência pública nesta terça-feira (23) para ouvir representantes do Movimento de Combate à Corrupção Eleitoral. O debate está marcado para as 14 horas no plenário 2.

A entidade, composta por 43 entidades da sociedade civil, organizou a coleta de assinaturas para a apresentação do PLP 518/09 como proposta de iniciativa popular. O projeto recebeu 1,3 milhão de assinaturas, coletadas pela Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB). A proposta torna inelegível candidato condenado em primeira instância ou denunciado por crimes como improbidade administrativa, uso de mão-de-obra escrava e estupro.

Na quinta-feira (25), está prevista nova reunião do grupo para avaliar a audiência desta terça-feira e decidir se haverá novos debates. O relator do grupo de trabalho, deputado Índio da Costa (DEM-RJ), acredita que será difícil aprovar a proibição de condenados em primeira instância se candidatarem. Por isso, ele considera indispensável discutir a proposta com os parlamentares e a sociedade.

Índio da Costa também teme que eventuais mudanças na proposta apresentada pela sociedade civil pelo Congresso sejam consideradas retrocesso em relação ao texto original. "Daí a importância das audiências públicas com a sociedade."

Conclusão dos trabalhos


Segundo o presidente do grupo de trabalho, deputado Miguel Martini (PHS-MG), o grupo deve encerrar os trabalhos até 17 de março.

Íntegra da proposta:

segunda-feira, 22 de fevereiro de 2010

Do Blog do Noblat - Arruda Ajuda

Mary Zaidan

O espetáculo de corrupção explícita protagonizado pelo governador do Distrito Federal José Roberto Arruda e seus comparsas conseguiu fazer um milagre que santo algum imaginaria possível: obrigar o Executivo, o Legislativo e o Judiciário a se coçarem para dar resposta aos brasileiros, fartos de tanta ladroagem e malversação do dinheiro público.

Além de ter motivado a atitude inédita do STJ de prender preventivamente um governador, o escândalo foi a gota d’água para a Câmara dos Deputados se mobilizar e debater a inelegibilidade dos que têm dívidas com a Justiça.

Até o presidente Lula - que em dezembro dizia que as imagens da corja do DF não falavam por si - entrou da onda.

Aproveitou-se dos holofotes e enviou à Câmara um projeto de lei que pune empresas que pagam propinas a agentes públicos.

Mesmo que seja só mais um jogo de cena - pois nada indica que Lula fará qualquer esforço para colocar sua larga maioria parlamentar para aprová-lo – o mérito de a proposta governamental anticorrupção ir parar no Congresso é de Arruda.

No Legislativo, mal o ano começou, o presidente da Câmara Michel Temer (PMDB-SP) apressou-se em garantir que colocaria em pauta o projeto de lei de iniciativa popular (PLP 518/09), conhecido como “ficha limpa”, que impede os “fichas sujas” de serem candidatos.

Com 1,5 milhão de assinaturas, a proposta chegou ao Parlamento em setembro do ano passado, sendo rechaçada pela maioria devido ao rigor de suas punições.

Articulada pelo Movimento de Combate à Corrupção Eleitoral (MCCE) e mais de duas centenas de entidades civis, a emenda só obteve apoio imediato de 22 dos 513 deputados.

E, como outros tantos projetos similares que há mais de 10 anos se escondem nos escaninhos do Congresso, acabou sendo engavetada.

Agora, por obra e graça de Arruda, ela encabeça a lista dos 14 projetos de teor semelhante que começaram a ser analisados por um grupo especial suprapartidário.

A emenda popular impede o registro de candidatos condenados “em primeira ou única instância” por desvio de verbas públicas, racismo, homicídio, estupro e tráfico de drogas.

Estabelece ainda a inelegibilidade por oito anos de todos os culpados, mesmo para os que renunciam aos mandatos para evitar uma eventual cassação. Se a regra já valesse, o próprio Arruda - que em 2001 abriu mão do Senado para não ser defenestrado – há muito estaria fora de cena.

Vista por muitos como um julgamento sumário que fere o princípio da presunção da inocência, a proposta está longe de querer prejulgar ou culpar alguém.

Apenas fixa regras mais rígidas para a disputa do voto popular, exigindo do candidato o que é obrigatório para os cidadãos comuns: um atestado de bons antecedentes.

O relator do grupo especial, deputado Índio da Costa (DEM-RJ), já adiantou que o texto original será amenizado para ter alguma chance de aprovação em plenário. A idéia central, ainda longe de ser consensual, é subir o impedimento para condenações em segunda instância.

É melhor do que nada e já seria um grande avanço. Mas, como a Câmara não dá ponto sem nó, o substitutivo em negociação inclui a proteção dos atuais “fichas sujas”, empurrando a vigência das novas regras para as eleições de 2012.

Embora atenda ao dispositivo legal que impede mudanças na legislação eleitoral nos 12 meses antes do pleito, ao fixar uma data na lei, tira-se a chance de o TSE incluir a matéria em suas resoluções para as eleições de outubro deste ano.

Há outro fator que o grupo especial da Câmara deveria analisar. E também aí o governador Arruda pode ser de grande valia.

Sua prisão, decidida para que suas ações não minassem as investigações sobre os descalabros do DF, adiciona o caráter preventivo à emenda contra os “fichas sujas”. Afinal, ela impede que condenados ganhem o absurdo foro privilegiado, emperrando o andamento do processo.

Resta-nos torcer para que as excelências com assento na Câmara consigam achar o juízo perdido e aprovem o projeto “ficha limpa”.

Do contrário, além de sustentar e estimular a corrupção, estarão enterrando de vez o sopro de esperança que o STJ deu aos brasileiros ao prender Arruda. E vão ferir de morte a presunção popular – ainda que inocente – de que vale a pena lutar por alguma dignidade na política.

Mary Zaidan
é jornalista. Trabalhou nos jornais O Globo e O Estado de S. Paulo, em Brasília. Foi assessora de imprensa do governador Mario Covas em duas campanhas e ao longo de todo o seu período no Palácio dos Bandeirantes. Há cinco anos coordena o atendimento da área pública da agência 'Lu Fernandes Comunicação e Imprensa'.


Fonte: http://oglobo.globo.com/pais/noblat/posts/2010/02/21/arruda-ajuda-268047.asp
__

MCCE convoca sociedade para audiência pública sobre Ficha Limpa


Na próxima terça-feira (23/02) a Câmara dos Deputados realizará uma audiência pública a respeito do projeto de lei 518/09, da Ficha Limpa. Esta foi a primeira e mais importante resolução do grupo de trabalho sobre o PLP, criado no Congresso, por determinação do presidente da casa, Michel Temer. A audiência será às 14h, no Plenário 2 da casa.
O grupo de trabalho da Câmara, com 16 integrantes de diferentes partidos políticos, foi delegado para fazer o substitutivo do projeto e apresentá-lo ao Temer até o dia 17 de março. Até lá, além da audiência, em que a sociedade civil, representada pelo Movimento de Combate à Corrupção Eleitoral (MCCE), será ouvida, haverá reunião do GT todas as quartas-feiras, às 16h30, aberta ao público.

Já a audiência pública será a oportunidade do MCCE, propositor do projeto, dar sugestões e propor diretrizes ao substitutivo. Por esta razão, o movimento convoca a sociedade a participar da audiência. Não será permitida a entrada de manifestantes com apitos ou demais objetos barulhentos. A segurança da Câmara permite a manifestação com faixas, uma vez que estas não sejam expostas com madeiras.

O GT sobre o PLP da Ficha Limpa também não descarta a realização de audiências em alguns estados. A sugestão do relator do grupo de trabalho, deputado Índio da Costa, é de que o PLP seja discutido com diferentes segmentos da sociedade civil antes de seguir ao plenário.

Fonte: Assessoria de Comunicação da SE-MCCE.

__