18/05/2010 - 12h53
Apesar  dos esforços dos senadores Pedro Simon (PMDB-RS) e José Nery (PSOL-PA)  para apressar a aprovação do projeto Ficha Limpa no Senado, ainda não há perspectivas de  acordo entre oposição e governo em torno da matéria. Nesta quarta-feira  (19), o presidente da Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania  (CCJ), senador Demóstenes Torres (DEM-GO), deve apresentar voto  favorável à proposta, que impede a candidatura de políticos condenados  por órgão colegiado da Justiça por crimes graves, como corrupção, abuso  de poder econômico, homicídio e tráfico de drogas.
Em entrevista à Agência Senado,  Demóstenes adiantou que não vai mudar o substitutivo aprovado pela  Câmara ao projeto Ficha Limpa (PLC 58/10 - Complementar). A manutenção do texto  original, de autoria do deputado federal José Eduardo Cardozo (PT-SP), é  defendida pelo Movimento de Combate à Corrupção Eleitoral e pelos  senadores que querem as novas regras aplicadas já às eleições de outubro  deste ano.
- É uma expectativa (a aprovação  rápida do Ficha Limpa) de toda a sociedade. Claro que o texto não é  perfeito, mas podemos aprimorar depois a lei. O importante é que já  tenhamos uma lei sobre o assunto já nesta eleição - comentou Demóstenes. 
Mas, para que os candidatos "ficha suja" sejam  excluídos da disputa eleitoral de 2010, é preciso que o Senado aprove o  projeto sem mudanças e o envie à sanção do presidente da República até o  dia 10 de junho. Na semana passada, Simon defendeu que o Senado liquide  a questão sobre o Ficha Limpa nesta quarta-feira (19), aprovando-o na  CCJ e remetendo-o de imediato para o Plenário, onde seria votado em  regime de urgência. O peemedebista chegou a cogitar o envio do texto à  sanção presidencial ainda nesse mesmo dia.
- Não é o projeto que eu aprovaria e que eu gostaria que fosse aprovado. Não é. Mas é um grande passo, é um início, é uma tomada de posição das mais importantes, no sentido de que estamos rumando para terminar com a impunidade. É o primeiro gesto nesse sentido do Congresso brasileiro - avaliou Simon.
Embora afirme não ser contrário  ao Ficha Limpa, o líder do governo no Senado, Romero Jucá (PMDB-RR),  acredita que o projeto precisa de ajustes e, por isso, já cogitou  apresentar emendas e até pedir que seu mérito seja examinado por outras  comissões temáticas. Na hipótese de o governista requerer vista do PLC  58/10 na CCJ, Simon prometeu reivindicar a concessão de apenas duas  horas para revisão da proposta. Caso não haja quórum na comissão para  votações, o peemedebista ameaçou divulgar o nome dos senadores  ausentes. 
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Dizem que a Senadora Rosalba Ciarlini do RN é a favor do Projeto ficha Limpa. Contudo, a senadora apóia o pré-candidato a prefeito a eleção suplementar em TIBAU-RN, respondendo a 21 processos criminais e ação civil pública por improbidade adminsitrativa quando foi prefeito daquele Município. NO TCE, todos os processos transitaram em julgado. Qual será a teoria da senadora que pretende ser governadora do mesmo Estado?
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