18/05/2010 19h32 - Atualizado em 18/05/2010 19h32
Arthur Virgílio (PSDB-AM) teme ações se partidos barrarem ‘ficha suja’. Senadores podem votar projeto ‘ficha limpa’ ainda nesta semana.
O senador Arthur Virgílio (PSDB-AM) em sessão
plenária nesta terça-feira (18) (Foto: Geraldo Magela
/Ag. Senado)
O senador Arthur Virgílio (PSDB-AM) protocolou nesta terça-feira (18) consulta ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE) questionando se o projeto ‘ficha limpa’ poderá ser aplicado já nas eleições deste ano, caso seja aprovado pelo Senado antes de 5 de julho. O TSE não tem data para responder ao questionamento.
A versão do "ficha limpa" aprovada pela Câmara na semana passada proíbe a candidatura de políticos com condenação em órgãos colegiados em processos não concluídos.
O texto abre ainda a possibilidade de um recurso a um órgão colegiado superior para permitir a candidatura, mas neste caso haveria prioridade para o julgamento do processo.
Os senadores estão analisando o texto que veio da Câmara e a oposição tenta uma estratégia para conseguir votar o projeto ficha limpa antes dos projetos que tratam do marco regulatório do pré-sal, que têm urgência constitucional.
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Líder do PSDB, Arthur Virgílio apresentou uma questão de ordem para a Mesa Diretora para que se possa votar o projeto ficha limpa antes em um acordo de líderes. Se a proposta for aceita, o projeto poderá ir a voto nesta quarta-feira (19) antes da votação do pré-sal.
O projeto ficha limpa surgiu da iniciativa do Movimento de Combate à Corrupção Eleitoral (MCCE), que reuniu mais de 1,6 milhão de assinaturas de eleitores desde o lançamento da proposta, em setembro do ano passado.
No questionamento, o senador justificou a consulta argumentando que os partidos deverão ter “segurança jurídica” para saber se uma norma eleitoral, que pode tornar inelegíveis alguns candidatos, terá validade para o pleito deste ano.
“Os partidos políticos podem estar sujeitos a uma infinidade de ações judiciais”, alegou o senador.
Segundo Virgílio, as coligações e estratégias eleitorais, como formação de palanques e arrecadação de campanha, também seriam afetadas pela definição sobre quando a lei passaria a valer.
“O investimento eleitoral dos partidos políticos em seus candidatos é substancial e a alteração deste quadro com a possível substituição, tendo em vista a alteração da interpretação jurídica da norma, pode causar danos irreparáveis e, inclusive influenciar na legitimidade do pleito”, alertou o líder do PSDB.
Fonte: http://g1.globo.com/especiais/eleicoes-2010/noticia/2010/05/senador-questiona-tse-sobre-validade-de-ficha-limpa-em-2010.html
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